19 de agosto de 2011

O véu (rasgado) da mãe Terra



Quando cheguei lá em cima vi um universo em movimento que parecia tão verde, tão vivo, tão infinito. Senti meu peito se encher de alegria. Havia um cenário refletido em meus olhos que por muitas vezes eu criei em minha imaginação. Era a Terra, vestida de verde pela Floresta Atlântica, linda e imponente, se mostrando como uma donzela intocada a mais de dois mil metros de altitude. Mas depois que o dia anoiteceu eu pude vê-la nua e crua, como é na verdade.

A Terra tem feridas que brilham, marcas impossíveis de apagar! A sua vestimenta verde foi rasgada. Daqui da onde estou consigo ver as chagas expostas, mas não vejo quem as causou. São seres tão pequenos que não consigo enxergá-los, mesmo assim suas atividades criaram uma infecção luminescente letal. Talvez sejam vírus, bactérias parasitas, homens... enfim, dá no mesmo!

Mas ainda assim, mesmo ferida, rasgada e doente, a Terra é linda e apaixonante!


Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil.
Agosto de 2011.




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