Nós sentamos para descansar em um oásis florestal em meio a uma quase-infinita campina amazônica e dali fizemos nossa casa por quatro noites. As árvores eram nossos móveis e o céu nosso teto. Ali comíamos, conversávamos e recebíamos todas as visitas com um sorriso no rosto e um feixe de luz da lanterna. Sabíamos que estávamos na maior e mais bela das casas tropicais, e por isso a alegria. Mas a alegria não era felicidade, ao contrário. Tão breve quanto a fumaça de um palheiro acendido na floresta úmida, essa casa sumirá sob as águas da incapacidade humana e só o que restará é uma lembrança sem cor em uma memória com os dias contados.
Parque Nacional dos Campos Amazônicos, Rondônia, Brasil.
Outubro de 2014.
Parque Nacional dos Campos Amazônicos, Rondônia, Brasil.
Outubro de 2014.
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